domingo, 21 de abril de 2013

Uma Amizade Sincera - Clarice Lispector


O conto "Uma amizade sincera" de Clarice Lispector constado no livro "Do Romantismo ao Modernismo", conta sobre uma amizade entre um homem e uma mulher que se conheceram no colégio. Esta amizade - no começo - era firme, aquela amizade onde existiam milhares de assuntos para conversas e eles não se desgrudavam.
  Isto não durou muito, pois com o fim do colégio, eles não se encontravam com grande frequência e isto causou o distanciamento deles. Houve milhares de tentativas para a reaproximação, como festas, encontros, até que o rapaz decidiu aceitar o pedido de sua amiga para dividir o mesmo apartamento que ela. Mesmo com isto, eles não se reaproximaram da forma esperada. Quando se reuniam em casa, nada havia para conversar e aquilo não agradava nenhum dos dois. 

  Com o contínuo de suas vidas, o rapaz resolveu então ir atras de um emprego. Sua amiga lhe ajudou, e com isto, tiveram assuntos para conversar assim se reaproximando. 

  Como tudo voltou ao normal e pelo fato de serem muito amigos, uma certa química acabou acontecendo entre eles. Aliás se conheciam a muito tempo, e se gostavam muito.

  Após alguns meses, o pedido de casamento surgiu. A moça se emocionou com o pedido e felizmente aceitou. Depois de tudo que passaram, com tanto amor entre eles, oque faltava por fim, era um relacionamento. 

Imagem retirada daqui.

Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua de Portuguesa. 

Em seus braços

 

  Era domingo e resolvi pegar um ônibus para um passeio. Ao entrar na condução eu avistei um garoto com olhos fascinantes, que me prendiam.

  Eu  necessitava sair do ônibus, parar de olhá-lo, mas algo me prendia de uma maneira misteriosa que fascinava, apaixonava.

  Por um momento senti que ele estava me olhando enquanto eu observava seus traços. Ficamos parados por alguns minutos e nos seus olhos noite tristeza. E quando se aproximou da hora de descer da condução, ele me abraçou.

  - Milleni, admita mais o que sente, em teus olhos vejo tristeza sufocada. - disse ele me mantendo em seus braços.

  - Para, como entendes algo que ninguém jamais notou? Como pode? - perguntei com os olhos cheios de lágrima.

  O ônibus parou e imediatamente descemos. Em uma praça perto do ponto, ele conseguiu me desvendar, de uma forma inexplicável. Não compreendia, aliás, nem se conhecemos direto e já me apaguei a ele. Ele tinha certo feitiço sobre mim, não sei ao certo. Só sei que me apaixonei, me encantei.

  Começou a chover e ele me acolheu em seus braços e disse:

  - Até que fim te encontrei. - sussurrando em meu ouvido.

  Nunca esqueci aquele momento. O momento em que meu coração começou a bater mais forte e tive a emoção de saber, que por fim, tinha encontrado alguém pra mim.

Imagem retirada daqui.

Atividade realizada a partir das aulas de produção de textual da professora Ilvanita, de Língua Portuguesa.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Devaneio de Pedro

 

  No calor do meio-dia, o sol ardia os miolos de Pedro. Em seu caminho, a terra era seca e as aves já não existiam. Ele estava louco para encontrar uma sombra e se refrescar do sol quente. Mas assim que ultrapassou as dunas não obteve forças para continuar, estava exausto. Aliás, aquele caminho percorrido sem mantimento algum, acabaria com qualquer um. Pensou Pedro então, que deveria tentar descobrir como chegará ali, pois nada sobre aquilo havia em sua mente. Pensou, pensou, pensou mas nada relembrou. Então por fim, achou que tudo não passaria de um sonho, pois sua última lembrança é de seu quarto, onde deitará para descansar.

  Após um tempo para reflexão - sem muito sucesso -, resolveu continuar a caminhar afim de encontrar algo. De repente, Pedro se depara com uma criança, aos prantos, ajoelhada ao chão. Como tinha um doce coração, Pedro corre ao encontro do pequeno menino para ajuda-ló. Depois de um tempo para acalmar-se,  a criança conta para Pedro o motivo da angustia. Ela diz que sua vida não estava sendo fácil, muitas tristezas havia em seu coração e sua mente estava perturbada. Conta que tudo não passará de problemas familiares, brigas, traições, decepções ... e que fora assim durante anos, e o que o pequeno garoto já não aguentava mais. Dizia que estava sendo cobrado mas não sabia o motivo ao certo. "Coração agoniado, coração agoniado" repetia isto várias vezes. Pedro começou a chorar também, percebendo então, que os traços do pequeno garoto eram idênticos aos seus, que sua vida era mesma .. que ele era aquele garoto.

  De repente o pequeno segura suas mãos e lhe diz "Teu coração está angustiado, mas logo passará. Anos de guerra virão, mas os de paz logo em seguida. Confia em ti, no Teu Deus e tudo ficará bem. Não perca sua fé."

  Essas foram as últimas palavras até Pedro acordar. Aquilo ficou cravado em Pedro, deixando ele ensimesmado com tudo, mas algo lhe dizia que tudo ficaria bem. E se não ficasse tudo bem, ele ao menos não devia parar de sorrir, de sonhar, como fazia desde criança.

Imagem retirada daqui.
Atividade realizada a partir das aulas de produção textual da professora Ilvanita, de Língua Portuguesa.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Macacos - Clarice Lispector

  O conto "Macacos" de Clarice Lispector constado na obra Para Gostar de Ler lançado em 1984, conta a história de sua personagem onde a mesma em comemoração do Ano Novo encontra em seu domicílio, um pequeno macaco em sua sala alimentando-sé com bananas. Ao perceber tamanha fofura do animal, seu menino menor, implora pelo abrigo do animal prometendo cuidado e carinho em relação a ele. Mas a mulher consciente com o trabalho que teria, decide não arcar com esta responsabilidade e não fica com o macaco.

  Após algum tempo passado a mulher se depara com uma macaquinha de saia, brincos, colar e pulseiras baiana perto de seu moradia. Ela se encanta e decide pegar a macaca para si, nomeando-a de Lisette. Passou três dias com sua nova "mascote" até que deparou-sé com a tristeza e a falta de forças de Lissete e descobriu que a pobre animal estava a falecer. Com a descoberta, levou ela ao médico e sem sucesso, a macaca faleceu. 

  Após o acontecimento, um de seus meninos diz que sua mãe se parece muito com Lissete e ela o respondeu dizendo que também gostava muito dele. 

Imagem retirada daqui.

Atividade proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa.

Biografia de Clarice Lispector

  Clarice Lispector (1920 - 1977) de origem judaica, nasceu na Ucrânia na aldeia Tchetchenelk, no ano de 1920. Os Lispector (Mania e Pinkouss) emigraram da Rússia para o Brasil no ano seguinte (1921) e Clarice nunca mais voltou para a pequena aldeia. Fixaram-sé em Recife, onde a escritora passou sua infância.

  Clarice tinha 12 anos e já era orfã de mãe quando a família mudou-se para o Rio de Janeiro. Entre muitas leituras, ingressou no curso de Direito, formou-sé e começou a colaborar em jornais cariocas. Casou-se com com um colega de faculdade em 1943.

  No ano seguinte publicou sua primeira obra: "Perto do coração selvagem". Dedicava-sé exclusivamente a escrever.

  Em 1976 foi convidada para represente o Brasil no Congresso Mundial de Bruxaria, na Colômbia. Aceitou, afinal sempre fora mística, supersticiosa e curiosa a respeito do sobrenatural.

  Em novembro de 1977 soube que sofria de câncer generalizado. No mês seguinte na véspera de seu aniversário, morreu em plena atividade literária e gozando do prestígio de ser uma das mais importantes vozes da literatura brasileira.

Imagem retirada daqui.

Síntese proposta pela professora Ilvanita, de Língua Portuguesa.

Laços de Família - Clarice Lispector

  Laços de Família, conto de Clarice Lispector está incluído na obra Laços de Família, lançado em 1960.

  O conto "Laços de Família" de Clarice Lispector conta a história das personagens que se encontram de alguma maneira entrelaçadas em suas relações familiares, fazendo com que cada convívio influencie o modo de viver dos demais personagens.

  A mãe de Catarina e sogra de Antônio está se despedindo para viajar de trem para longe. Ao decorrer do percurso até a estação de trem, Catarina tem uma proximidade de sua mãe que a faz perceber que sua relação com ela é fria e superficial, trazendo assim influência em sua vida com Antônio e seu filho, mas como sua mãe está indo embora, nada pode se fazer para mudar esta relação materna.

  Ao chegar na estação de trem, mãe e filha não sabiam o que falar, esperando assim a partida do trem. Catarina percebia a ausência de carinho entre sua mãe e ela, mas sempre achou sua mãe consideravelmente fria em relação a isto.

  Ao voltar para casa, para sua vida totalmente programada, Catarina fica ensimesmada e tem uma grande surpresa que a fez despertar-sé para algo novo. Seu filho a chama de uma forma carinho sem querer nada em troca, o que a toca e a faz querer mudar sua relação com seu filho para não ser igual a sua relação com sua mãe, algo monótomo. Surpreendida pelo o que ocorreu, Catarina sai com seu filho em busca de algo diferente do seu dia-a-dia para fazer com ele e deixa seu marido em casa. Passa o dia inteiro fora de casa, e ao voltar, janta com seu marido como é de costume nos sábados, mas Antônio percebe a mudança de Catarina, e resolveu então, leva-lá ao cinema, assim mudando sua rotina.

  Com isso, foi quebrada aquela formalidade existente nos laços de família.

Imagem retirada daqui.

Atividade proposta pela professora Ilvanita, que nos orientou a ler contos da Clarice e fazer síntese sobre o mesmo.

Entrevista com Clarice Lispector


 No ano de 1977, mesmo ano da morte da autora, Clarice Lispector deu uma entrevista à TV Cultura falando sobre suas obras e um pouco sobre si mesma.

  Nascida na Ucrânia em 1920, Clarice foi emigrada junto com sua família para o Brasil onde fixou-se por fim. Clarice diz que é uma pessoa bem alegre em seu dia-a-dia e revela também que não se considera uma escritora profissional e sim uma amadora, pois só escrevia quando havia inspiração e vontade. Ela era uma pessoa complexa e difícil de lidar-sé.

  Ao decorrer da entrevista, Clarice conta que havia outras escritoras em sua família, como duas de suas irmãs e sua mãe. Apesar da descoberta recente de que sua mãe também escrevia, ela diz que ficou muito contente com isto.

  Apesar da nacionalidade Russa, Clarice se considerava brasileira e isto com certeza sempre foi e será uma honra para nossa nação. 

  Para acompanhar a entrevista completa acesse: Entrevista com Clarice Lispector (completa) 

Vídeo retirado daqui.

Atividade proposta pela professora Ilvanita, que nos mostrou este vídeo e nos ajudou a conhecer mais sobre a vida e sobre as obras de Clarice.