Nesse conto de Clarice Lispector, é retratada a história de uma humilde menina apaixonada pela leitura.
Uma de suas colegas da escola era filha de um dono de livraria. Essa, diferente das outras já era mais encorpada, enquanto as outras ainda eram "achatadinhas". Para sua infelicidade e de todas as suas amigas também apaixonadas pela leitura, a filha do dono da livraria era totalmente malvada e um tanto egoísta.
Certo dia prometeu para a menina que iria lhe emprestar o livro "As reinações de Narizinho", obra de Monteiro Lobato, e que ela só deveria passar em sua casa para apanhá-lo no dia seguinte. Cheia de esperanças, assim a garota fez, mas chegando lá, sua alegria acabou. A menina egoísta disse que já havia emprestado o livro, e que ela deveria voltar no dia seguinte. Assim ela fez, por muitos dias seguintes até que, por estranhar a visita calada daquela menina estranha em sua porta todos os dias, a esposa do dono da livraria, mãe da menina egoísta perguntou ás duas o que estava acontecendo.
Quando a mulher entendeu o que se passava ali, explicou que o livro nunca havia saído daquela casa e que sua filha sequer o tinha lido. Disse a humilde menina que poderia levá-lo e ficar com ele o tempo que quisesse.
A alegria da garota foi imensa e indescritível, ficou contemplando o livro por horas e horas, fingindo não o ter em suas mãos para depois olhá-lo e ficar feliz por tê-lo, em outras palavras "Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante".
Imagem retirada daqui.
Atividade realizada a partir das orientações da professora Ilvanita, de Língua Portuguesa.